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Este livro deriva da tese defendida por Alexandre Ribeiro Neto no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em 2015. Sua aprovação culminou um processo iniciado cinco anos antes, na seleção para o curso de doutorado, quando Alexandre contagiou a banca com seu entusiasmo por seu projeto de pesquisa. Ele propunha estudar a exploração de crianças negras contratadas por Soldada e supostamente afastadas do processo de escolarização em Vassouras, entre 1889 e 1930, lidando com fontes ainda não analisadas, que o permitiriam rediscutir a invisibilidade delas no universo escolar e nos segmentos sociais alfabetizados.
Os primeiros Wernecks que chegaram àquela região, abriram caminhos e fundaram fazendas, tiveram, inclusive, outras ocupações, como políticos, militares e comerciantes. Porém, alguns filhos dos pioneiros e, principalmente, netos, formaram-se como médicos, advogados e engenheiros. E muitos, entre eles, mesmo com a formação universitária, também ocupavam cargos públicos.
Os sobreviventes, cujas histórias apresentamos em Sobre Viver 2, concordaram em prestar o seu testemunho, a fim de colaborar com a preservação da memória da Shoah e para que nunca mais se repita a tragédia do Holocausto.
As entrevistas, aqui apresentadas, integram a pesquisa “Revisionismo e negacionismo histórico: efeitos na memória social de sobreviventes do Holocausto e seus descendentes”, que realizei, durante o meu Pós-Doutoramento em Memória Social, junto à Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), e foram coletadas entre os anos de 2016 e 2019, no Rio de Janeiro, cidade de residência dos depoentes.